11 de março de 2016

Pequena...


Menina... Porque choras? Porque te escondes? 
Levanta a cabeça, mostra esse sorriso. Faz com que vejam que não precisas de ninguém que te magoe, que te trate de maneira que não mereces. 
Sê tu propria, sê quem sempre sonhas-te ser sem ter que passar por cima de ninguém! O lixo é lixo e quando a isso não há nada que possas fazer sempre o será e vai decompor-se sem a tua vingança, sem o teu rancor. 
Pensa em ti. 

Cuida de ti e ama quem te quer bem.


14 de agosto de 2015

120114

Desesperada, ela corria entre árvores e lama...
Não aguentava mais, física e psicologicamente, a dor o vazio no peito que era como se tivesse perdido o coração. Os olhos pesados e cansados já custavam a abrir e a cabeça mal levantava, pesava-lhe sobre os ombros, não tinha força nem para saber o que a deixara assim. Chegou ao seu limite.
Arrastando-se mais um pouco consegui-o sair da mata e chegar as falésias. Era o fim!
Levantou-se e avançou pelas rochas afiadas que lhe cortavam os pés, olhou para o mar agitado e ondas furiosas que lhe salpicavam a cara....
Saltou.
A água gélida era como agulhas a cravarem-se em todo o seu corpo.
E a Morte chegou.
Teve essa certeza pois viu a aproximar-se e embala-la nos mais profundos dos sonos.
130815

Charlotte olhava-se ao espelho, os seus olhos afundavam-se cada vez mais no crânio, os seus lábios já perderam a cor...
O seu corpo definhava a cada dia que passava e ela sabia que a morte estava eminente. Sentia-a como um suspirar gélido na sua nuca.
Pequenas gostas de suor acumulavam-se na sua testa e peito «A febre está a voltar...» pensou. Não se enroscou na cama como sempre, em vez disso caminhou em até ao jardim.
Lá fora os primeiros flocos de neve começavam a cair e ela agradeceu mentalmente o ar gélido que abraçava o seu corpo fazendo-a sentir viva. Andou um pouco e foi então que ao fundo viu a sua figura envolta numa luz brilhante e cálida. Ali não estava doente, atreveu-se a pensar que parecia resplandecente, o seu adorado cabelo negro dançava a sua volta e os olhos brilhavam...
Ao seu lado estava Sasha, o seu cão que morrera no inicio da sua doença o que a puxou ainda mais para o fundo do poço. Mas quando viu quem avançava em sua direçao saído da luz teve a certeza que era o seu fim. Ela avançou e acolheu a mão que lhe era estendida graciosamente, nesse momento o corpo enfermo caiu no chão e das duas Charlotte apenas restou a vigorosa.
Sasha segui-os enquanto percorriam a relva fresca e entravam por um portão dourado desaparecendo por entre as nuvens...

31 de maio de 2012

All I Wanted...

A luz que o candeeiro derramava era o suficiente para iluminar o quarto e as pequenas gotas de suor que se formavam no seu corpo quente. Não conseguia dormir, dava voltas e mais voltas na cama até desmanchar esta por completo.
A imagem dela não lhe saia da cabeça. Encontrou-a por acaso numa esplanada estava acompanhada de mais duas amigas mas só ela lhe interessou. Já não a via há algum tempo, quando ela o olhou, os seus olhos iluminaram-se mas apenas lhe acenou levemente com a mão, ele fez o mesmo… Tinha os traços faciais mais finos o cabelo mais claro e curto, estava mais 'iluminada' que o que conhecia dela, e isso estava lhe a tirar o sono, isso e ao pensar em como seria tê-la por baixo de si sem qualquer tipo de roupa vestida, como seria a sensação das suas peles se tocarem, dos seus lábios vermelhos nos dele…
Mas a sua hipótese tinha passado e já há muito tempo. Ele sabia, sentia que ela o desejava da mesma forma. Ou talvez tenha uma imaginação fértil, mas não, ele via o olhar escuro dela que a toda a hora se encontrava com o dele e nem tentava desvia-lo, quando as suas mãos másculas lhe tocavam com delicadeza a reação da pele dela era imediata ou quando ele chegava mais perto da sua face e ela tentava esquivar-se, ás vezes mantinha a postura forte e determinada que ele sabia que era só fachada. Sabia perfeitamente da sua timidez e nervosismo, mesmo que o quisesse esconder ela sempre abanava uma perna freneticamente, quando ele notava, ela parava.
Mas isso era só alguns dos pormenores, o que ele queria neste exato momento era tê-la a ondular debaixo de si, a implorar-lhe mais e mais!

Ao olhar para si notou que estava duro o que o fez praguejar em voz alta, abriu a janela do quarto e deixou o ar frio entrar e embala-lo num sono leve…
My story...